O Brasil é o campeão na produção de lixo eletrônico entre os países emergentes, segundo relatório emitido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O descarte de materiais como computadores, impressoras, cartuchos, celulares, eletrodomésticos atinge cerca de 96,8 mil toneladas por ano no país que perde somente para a China, onde este índice chega a 300 mil.
Como forma de tentar amenizar este quadro, a empresa CRMG Network & Security, especializada em criar soluções em Tecnologia da Informação (T.I), desenvolveu o projeto TI Verde, no qual surgiu principalmente pela sustentabilidade do planeta, tanto para a economia de energia elétrica, como também evitar o lixo eletrônico.
A Câmara Municipal de Campinas, por exemplo, que vem apostando, desde 2002, na chamada TI Verde já economizou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos apenas com a opção pelo uso de softwares livres, além de ter uma significativa redução dos gastos com informática e na conta de energia elétrica, onde também muitos órgãos públicos começam a se render as modernas tecnologias e ao mundo digital para a contribuição na redução dos gastos do legislativo com a aquisição de hardwares.
“Nós começamos a implantar os softwares livres, gradativamente, a partir de 2002 e percebemos que a resistência inicial dos usuários acontecia muito mais por uma questão de cultura e de costume. Mesmo porque, para os usuários, é mínima a diferença entre os softwares livres que utilizamos e os proprietários, como o Windows”, lembra o responsável pelo setor de Informática da Câmara Municipal de Campinas, Sérgio Roberto Damiati.
Hoje em dia o descarte de materiais eletrônicos é muito rápido, quando uma pessoa compra um computador ou celular, em um prazo muito curto ele já é substituído por um aparelho mais novo. O baixo custo e a facilidade de compra são alguns dos motivos pelo qual o lixo eletrônico está crescendo. Neusa Maria Longuini coordenadora da empresa CRMG Network & Security, cita algumas soluções para controlar esse aumento e amenizar os prejuízos causados. “Hoje nós temos a possibilidade de usar computadores que já seriam obsoletos e transformá-los em terminais leves.
Voltando àquela velha tecnologia, não deixando de ser uma possível reciclagem.” Para realizar o processo de reciclagem existem várias tecnologias que se aplica para aproveitar ao máximo o processamento, tanto na parte de Data Center como servidores, aproveitando ao máximo do que o computador tem. "O projeto TI Verde trabalha também com virtualização, vários servidores dentro de um único, economizando energia elétrica e diminuindo o calor ambiente que um processador normal gera ao ser utilizado", relata a coordenadora.
Fotos: Marina Leme
Fotos: Marina Leme

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